Quantidade: 1 (um)
Utilizador: Armada Portuguesa.
Comissões: n/a.
Entrada ao serviço: 2026 (previsão).
DADOS TÉCNICOS
País de Origem: Holanda (Damen Shipyards).
Guarnição: 48 + 42 + 100.
Deslocamento: 7.000 toneladas.
Dimensões: comprimento 107,60 metros; boca 20,00 metros; calado 5,50 metros.
Propulsão: 2x TIER III.
Velocidade máxima: 15 nós (22 km/h).
Autonomia: x.xxx milhas a 10 nós.
Armamento: n/a.
Sensores: 1x radar de navegação.Outros equipamentos: pista e convés de vôo.
DESENVOVIMENTO
Este
Navio/Plataforma Multipropósito (N-PM) terá um comprimento total, entre
perpendiculares, de 100 metros, uma boca máxima (ao nível do convés de
voo) de 20 metros e um calado máximo de 7,5 metros. Seguirá os padrões
STANAG 4154 (Ed 3) e terá capacidade de manter a operacionalidade de
arriar e içar embarcações em estado de mar 5 na Escala de Douglas. A sua
guarnição será composta por 1 comandante, 7 oficiais, 8 sargentos e 29
praças, num total de 45 elementos. Tem alojamento dimensionado até 28
oficiais, 30 sargentos e 32 praças, num total de 90 elementos (além do
comandante). Estará dimensionado para uma autonomia de 45 dias a uma
velocidade de cruzeiro de 10 nós.
O
N-PM deverá compreender um conjunto de facilidades de aviação
incluindo, entre outros, convés de voo (uma pista com "ski jump", um
"spot" para operação de um helicóptero, com sistema de iluminação, GPI,
etc), hangar para um helicóptero (com suporte para as estações
hidráulicas de manutenção, ponte rolante, iluminação técnica, etc) e
hangar para aeronaves não tripuladas. Em termos de helicóptero orgânico
deverá suportar as aeronaves Lynx MK95A e NH90 (quer em "spot", quer em
hangar) e EH101 ("spot"). O convés de voo deverá permitir a operação de
diferentes tipologias de aeronaves não tripuladas, vulgo "drones"
(Ogassa OGS42, Tekever AR3, etc), bem como todo o suporte requerido para
operações de re-abastecimento vertical (VERTREP).
No âmbito de embarcações semi-rígidas, o N-PM possuirá 3 embarcações: uma embarcação com
certificação SOLAS ("Safety of Life at Sea") para operação como "Fast
Rescue
Boat", com um potência não inferior a 250 hp; e duas embarcações de
abordagem não cooperativa, com capacidade para 8 militares equipados,
com uma velocidade máxima de 35 nós ou superior e uma autonomia mínima
de 60 milhas náuticas, para missões de fiscalização, policiamento,
combate ao narcotráfico, assalto e de apoio a uma pequena força
embarcada.
Seguido
as boas práticas e recomendações de instalação e operação da "Alliance
of European Research Fleets" (EUROFLEET), em termos de sistemas de apoio
à investigação científica, o N-PM será desenhado para poder operar
VEículos Não Tripulados (VENT) de subsuperfície e veículos operados
remotamente – "Remotely Operated Vehicle" (ROV). Possuirá um patilhão de
sensores ("drop keel") para instalação de sensores científicos e
acústicos; um sistema CTD "Rosette" de grande volume (para recolha de
amostras de água em profundidade, com sonda com capacidade de operação
até 6 000 m); um sistema MVP, "Moving Vessel Profiler", com capacidade
de operação até 700 metros de profundidade com o navio a navegar a 8
nós; um "Acoustic Doppler Current Profiler" (ADCP); um "Global Acoustic
Positioning System" (GAPS), com capacidade de operação até 4 000 metros
de profundidade. Além destes sistemas orgânicos, o N-PM possuirá
capacidade e integração para vários outros sistemas não orgânicos (Corer
de Pistão - Calipso, Vibrocorer, Box Corer, Multi Corer, etc) bem como
de todos os guinchos de operação e suporte aos mesmos.
Sob
uma arquitectura integrada de sistemas de comando e controlo, de gestão
da plataforma, e de processamento e gestão digital de informações, este
N-PM contará com um conjunto de sistemas de navegação (IBS, DDU, TACAN,
GPS Seguro, etc), com sistemas de vigilância de radares de navegação,
radar de aviso combinado (capacidade de ARPA, "Automatic Radar Plotting
Aid" e certificação IMO; ECM e Anti-Jamming) e sistemas de identificação
IFF/W-AIS, bem como sistemas de vigilância submarina (batitermógrafo;
suporte para sonda XBT/XSV em uso na Marinha (XBT4, XBT5, XBT7 e MK-8
XBT/XSV) ou sondas do tipo CTD). Em termos de comunicações externas
contará, entre outros, com sistemas de comunicação por satélite SATCOM e
MILSATCOM, GMDSS, telefone submarino, SART, EPIRB e ICCS.
Em
termos de armamento, o N-PM estará equipado, no mínimo, com 4 suportes
para metralhadora pesada Browning M2 de 12,7 mm, com limitador de campo
de tiro e respectivos acessórios, e base de assentamento, com protecção
balística para peça Browning e respectivo operador; e com 2 peças de
salva Hotchkiss. O N-PM estará equipado com paióis e armeiros aptos a
armazenar diverso armamento portátil, munições, material pirotécnico e
material de demolição e respectivos detonadores.
PERCURSO EM PORTUGAL
Foi lançado a 20 de Junho de 2022, pela Marinha Portuguesa, um concurso limitado por prévia qualificação simplificado, via procedimento n.º 7861/2022 (in DR n.º 120, 23 de Junho de 2022), para aquisição do projecto e construção de um Navio/Plataforma Multipropósito (N-PM), com um prazo de execução até 3 anos (com entrega até Dezembro de 2025), por um preço base de 94,5 milhões de Euros.
Em 24 de novembro de 2023 decorreu no Pavilhão da Galeotas no Museu de Marinha em Lisboa a assinatura do contrato, cerimónia que foi presidida por sua excelência o Primeiro -Ministro Dr. António Costa e onde foi revelado o nome do futuro navio D. João II. Posteriormente o contrato foi enviado para o Tribunal de Contas para obtenção do visto prévio, sem o qual não se pode dar início à execução do contrato.
Obtido o visto prévio do Tribunal de Contas em 5 de janeiro
de 2024, avançou-se para a elaboração do projeto básico e posteriormente detalhado com vista ao rápido início dos trabalhos de construção, que se prevê ter início em meados do corrente ano. O planeamento do estaleiro está limitado e alinhado com o planeamento de execução do PRR e este não permite escorregamentos, pelo que é exponenciado o desafio para a construção, em tempo e dentro da verba disponível, de uma Plataforma Naval Multifuncional, Inovadora, Disruptiva e Verde.
de 2024, avançou-se para a elaboração do projeto básico e posteriormente detalhado com vista ao rápido início dos trabalhos de construção, que se prevê ter início em meados do corrente ano. O planeamento do estaleiro está limitado e alinhado com o planeamento de execução do PRR e este não permite escorregamentos, pelo que é exponenciado o desafio para a construção, em tempo e dentro da verba disponível, de uma Plataforma Naval Multifuncional, Inovadora, Disruptiva e Verde.
MODELISMO
Não há modelos disponíveis no mercado.
FONTE
Revista da Armada nº 592 - Fevereiro de 2024 - página 4 a 13.
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