sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Cruzadores e Avisos

VASCO DA GAMA (1876–1936) para sucata 
----- xxxxx ----- 
ADAMASTOR

Deslocamento máximo: 1.750 toneladas.
Dimensões: comprimento 81,00 metros; boca 10,70 metros; calado 4,66 metros.
Armamento: 2x peças "Krupp" de 150 mm; 4x peças "Krupp" de 105 mm; 2x peças "Hotchkiss" de 37 mm; 6x peças "Hotchkiss" de 47 mm; 3x metralhadoras "Nordenfeldt" de 6,5 mm e 3x tubos lança-torpedos.
Propulsão: 2x máquinas a vapor com 4.000 cv de potência - 2 veio.
Velocidade máxima: 18 nós.
Velocidade de cruzeiro: 16 nós.
Guarnição: 206 elementos (14 oficiais, 23 sargentos e 169 praças).
 
Foi adquirido com a receita da Subscrição Nacional de 1890, organizada como reacção ao ultimato inglês, tendo sido construido em Livorno pela firma Fratelli Orlando. Lançado à água a 12 de Julho de 1896, foi incorporado ao efectivo dos navios da Armada a 2 de Agosto de 1897 e, no dia seguinte, deixou Livorno com rumo a Lisboa.
Em 1898, efectuou uma longa viagem ao Brasil, Uruguai, Argentina, Angola e Cabo-Verde.
Em 1899, saiu para Moçambique em comissão e em 1900 esteve no Extremo-Oriente, também em comissão. Em 1904, voltou ao Extremo-Oriente por ocasião da guerra russa-japonesa. Em 1908, estando em Luanda, deslocou em missão especial a Timor.
No dia 4 de Outubro de 1910, estava fundeada no rio Tejo, tendo sido o local escolhido pelas forças revolucionárias republicanas para anunciar o inicio das operações que levaram à queda da Monarquia, através de três disparos à uma da manhã, após o navio ter sido dominado tendo o 2º Tenente José Mendes Cabeçadas Júnior, como lider.
No dia 31 de Outubro de 1910 saiu para a América do Sul, a fim de agradecer aos Governos do Brasil, Argentina e Uruguai a prontidão com que reconheceram o novo regime português, levando hasteada a bandeira republicana, ainda sem esfera armilar e com as cores invertidas. Em 1912 participou na reperssão dos movimentos monárquicos do norte do país e, em Outubro, seguiu para Macau onde permaneceu cerca de um ano em comissão. Em Outubro de 1913 visitou o Brasil e em 1915 escoltou vários transportes de tropas expedicionarias para Angola. Em Dezembro de 1916 largou para uma comissão de serviço na Índia. Porém, tendo-se verificado a declaração de guerra da Alemanha a Portugal, foi decidida a sua permanência em Moçambique, onde procedeu ao apresamento dos navios alemães surtos em portos moçambicanos. Nos dias 21, 23 e 27 de Maio de 1916 dirigiu as operações navais realizadas na foz do rio Rovuma contra os alemães, tendo sofrido 4 mortos, 11 feridos e 5 desaparecidos. Colaborou em diversas operações militares no Pingué e no Barué, regressando a Lisboa em Junho de 1919. Por decreto de 3 de Novembro de 1922 o navio foi condecorado com ograu de comendador da Ordem Militar de Torre Espada, pelos serviços prestados durante as operações no rio Rovuma. Em Julho de 1926 representou Portugal na Exposição Internacional de Filadélfia e na posse ede Washington Luiz, como Presidente da República Brasileira. Seguiu depois para Macau para uma comissão de serviço que se prolongou por vários anos. Nesse período visitou o Japão e protegeu a colónia portuguesa de Xangai durante a guerra sino-japonesa, mantendo destacamentos desmbarcados em terra. A 18 de Junho de 1932, estando em Macau foi abatido ao efectivo dos navios da Armada como cruzador e classificado como aviso de 2ª classe.
Após a sua reclassificação permaneceu em Macau. Em Fevereiro de 1933 o Ministro da Marinha decidiu que o navio regresasse a Lisboa para ser desarmado e abatido, contrariando todas as indicações que desaconselhavam a viagem. Foi uma travessia de cerca de 8.000 milhas, muito arriscada, atormentada e com o navio a desfazer-se em óxido de ferro, que demorou três meses e meio. Entrou no porto de Lisboa a 1 de Julho de 1933. A 26 de Setembro de 1933 passou ao estado de desarmamento e a 16 de Novembro de 1933 foi abatido ao efectivo dos navios da Armada.
Em Abril de 1934 foi vendido em hasta publica à firma A. Andrade & Companhia, com sede em Alcântara. 
----- xxxxx ----- 
 
D. CARLOS I/NRP ALMIRANTE REIS (1899-1916) para sucata
----- xxxxx -----
CLASSE SÃO GABRIEL
S. GABRIEL/NRP S. GABRIEL (1898–1924) para sucata
S. RAFAEL/NRP S. RAFAEL (1898–1911) perdida no Foz do Rio Ave
 
RAINHA D. AMÉLIA/NRP REPÚBLICA (1901-1915) para sucata
NRP CINCO DE OUTUBRO (1911-1930) para sucata
NRP PEDRO NUNES ex. Malange (1916–1923) para sucata

CLASSE CARVALHO ARAÚJO
NRP CARVALHO ARAÚJO ex. HMS Jonquil (1920–1937) para sucata
NRP REPÚBLICA ex. HMS Gladiolus (1920–1943) para sucata

CLASSE GONÇALO VELHO
F475 NRP GONÇALO VELHO (1933-1961) para sucata
F476 NRP GONÇALO ZARCO (1934-1964)
para sucata

CLASSE AFONSO DE ALBUQUERQUE
F470 NRP AFONSO DE ALBUQUERQUE (1935-1961) afundada em combate em Goa, Índia.
F471 NRP BARTOLOMEU DIAS (1935-1967)
para NRP São Cristovão (1967-xxxx) para sucata.
 
DESLOCAMENTO MÁXIMO: 2.473 toneladas.
COMPRIMENTO FORA A FORA: 103,20 metros.
BOCA: 13,30 metros.
CALADO MÁXIMO: 3,70 metros
ARMAMENTO: 4x peças "Vickers-Armstrong" de 120 mm; 2x peças de 76,2 mm; 4x peças de 40 mm; 4x morteiros "Thornycroft"; 2x calhas lança-bombas de profundidade.
PROPULSÃO: 2x máquinas a vapor com xxxxxx cv de potência - 2 veio.
VELOCIDADE MÁXIMA/CRUZEIRO: 21/10 nós.
AUTONOMIA À VELOCIDADE DE CRUZEIRO: 12.000 milhas.
GUARNIÇÃO: 215 elementos.
 

CLASSE PEDRO NUNES
NRP PEDRO NUNES (1934-1956)
para sucata
NRP JOÃO LISBOA (1937-1961)
para sucata

Referências:
1. COSTA, Adelino Rodrigues, Dicionário de navios & Relação de Efemérides

Sem comentários:

Enviar um comentário

NTM Creola

Quantidade:  1 (uma). Utilizador: Armada Portuguesa. Comissões: n/a. Entrada ao serviço:  1987. Abate ao efectivo:  activo.   Dados Técni...